
Conferência Popular
pelo Direito à Cidade
2022, São Paulo
A CONFERÊNCIA POPULAR PELO DIREITO À CIDADE aconteceu em São Paulo, entre os dias 03 e 05 de junho de 2022, reunindo mais de 600 entidades, movimentos sociais e instituições de todas as regiões do país com a finalidade de debater sobre a democratização do espaço urbano como pauta central de ação política da sociedade brasileira. Foi realmente único para nós da Articulação do Centro Antigo de Salvador estarmos neste espaço, trocando, reencontrando companheiras/os, construindo coletivamente e fortalecendo a unidade da luta.
Povo negro unido, povo negro forte!
Que não teme a luta, que não teme a morte!
.jpg)
.jpg)
.jpg)



Logo no primeiro dia, na MARCHA POPULAR PELO DIREITO À CIDADE, ocupamos o Largo do Paissandu, nas proximidades do antigo edifício Wilton Paes, onde havia uma das ocupações do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM). Em 2018, seus moradores/as foram vítimas de um incêndio que deixou 07 mortos e 291 famílias sem ter onde morar.
â
âPercorremos pelo centro de São Paulo, em meio as grandes corporações econômicas da cidade, passamos com nossas bandeiras de luta erguidas, puxando gritos de guerra, mas em meio a contradição social, atravessadas pelo cenário de vulnerabilidade social, expressa na grande quantidade de pessoas em situação de rua. Um momento de prestar solidariedade aos companheiros/as e também de gritar contra esse sistema racista-patriarcal-classista-sexista que opera de forma interseccional que, há séculos, nos violenta.
Seguimos fortes, unidas, com a certeza cada vez maior de que a revolução está vindo das periferias, das comunidades populares e tradicionais, das mulheres e homens pretos, dos povos originários, das nossas lutas, do chão das nossas dores e conquistas, de nossa ancestralidade! NADA DE NÓS SEM NÓS!
.jpg)



.jpg)

A abertura do encontro, na Faculdade de Direito da USP, anunciou um dos principais objetivos da Conferência: construir, democraticamente, uma PLATAFORMA DE LUTAS URBANAS voltada para o combate à desigualdade social, às violências raciais e aos impactos ambientais, por meio de uma articulação nacional de entidades vinculadas à vida urbana e produção das cidades, tendo em vista também as eleições de 2022, e a importância de pautar o direito à cidade no pleito presidencial.







Plenária Final
Seguimos na luta pelo direito à moradia digna e pelo direito à cidade, de mãos dadas, articuladas em redes pela permanência nos centros das grandes metrópoles, garantindo, assim, a nossa existência neste território que é extremamente disputado pelo capital imobiliário.
Lideranças da Articulação do Centro Antigo com a companheira Carmen Silva, líder do Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) e ativista pelo direito à cidade e por moradia na cidade de São Paulo.
Apoio financeiro | CESE - Coordenadoria Ecumênica de Serviços
Fotografias | Matheus Tanajura